Sonhos in Box - Resenha crítica - Robinson Shiba
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Sonhos in Box - resenha crítica

Sonhos in Box Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9788593156403

Editora: Buzz Editora

Resenha crítica

Acreditar

Os valores de Shiba vieram da própria família. Já era incentivado a acreditar nos próprios sonhos, ouvindo do pai, com frequência, a frase “filho, eu acredito em você”. Com as receitas da avó, desenvolveu o paladar apurado. Na juventude, pensou em ser jogador de futebol, piloto de avião e publicitário. Mas acabou optando pela carreira do pai e entrando na faculdade de odontologia.

O jovem estudante precisou desenvolver responsabilidade do dia para a noite ao ser assaltado nos Estados Unidos e perder todo o dinheiro que seu pai juntou para a viagem. Precisou encontrar emprego rapidamente e passou a trabalhar na cozinha de um restaurante chinês. A ideia de um restaurante delivery de “comida de caixinha” surgiu nessa época.

Quando voltou dos Estados Unidos, ainda foi surpreendido com a notícia de que sua namorada, Márcia, estava grávida e sofreu um golpe duro com a morte da mãe. Para Shiba, somos feitos de energia e a sua mãe se dissipou na energia positiva que o impulsionaria para os sonhos. A responsabilidade do filho ainda trouxe mais vontade de se realizar financeiramente. 

Ao revelar o desejo de abrir uma loja de comida chinesa, seu pai depositou no filho o mesmo tipo de confiança de quando Shiba era criança. Isso fez uma grande diferença. Nosso autor acreditava que condições favoráveis não existem e é preciso arriscar para tirar uma ideia do papel. Por isso, valia a pena lutar para concretizar o China in Box mesmo quando o Plano Collor confiscou a poupança dos brasileiros. 

Começou a entrar no mercado sem planejamento, apenas visitando vários restaurantes e experimentado todos os yakissobas da cidade. Em um desses lugares, conheceu o homem que seria o primeiro cozinheiro do China in Box. Geraldo fazia o melhor Yakissoba da cidade e Shiba logo fez esforço para convencê-lo a fazer parte da ideia. 

Sem dinheiro e com a inflação nas alturas, Shiba e seu pai venderam o apartamento para investir em um ponto em Moema. Ideias como cardápios com fotos e biscoitos da sorte foram surgindo naturalmente. Ainda foi preciso um mês para que o negócio começasse a se estabelecer. Com um pouco de ousadia, Shiba conseguiu inaugurar um mercado.

Crescer

O autor acredita que a prosperidade está envolvida com o desejo de crescer de cada um. Por isso, quando precisou encontrar fornecedores para biscoito inédito no Brasil, teve facilidade. A vontade de surpreender o cliente era grande e isso fazia com que não se sentisse cansado ao se dedicar ao China in Box. 

Com o crescimento, vieram os convites para transformar a loja em uma franquia e Shiba percebeu que ficaria para trás se não se arriscasse. Isso não seria fácil, já que fazer comida era uma arte e era preciso manter a essência. O jovem empreendedor não era do tipo que media muito os riscos. Apenas seguia seus impulsos com a convicção e a fé de que os resultados seriam bons.

Shiba foi seletivo nas escolhas dos franqueados. Acredita que empreender não é uma aventura e é preciso estar realmente disposto a trabalhar. Com o crescimento dos concorrentes, precisou lidar com novos desafios. As vendas caíram e os franqueados passaram a pedir soluções. O autor percebeu que não poderia vencer essa batalha sozinho e contratou uma consultoria especializada.

Engajar

Shiba acredita que qualquer trabalho só vale a pena quando há diversão. A dificuldade de alguns franqueados era simplesmente falta de alegria. Nesse caso, a energia positiva é um dos fatores que fazem um projeto prosperar ou falir. A razão é o fato da negatividade também ser sentida pelos clientes.

O autor é adepto da lei da atração e defende que tudo é feito de energia. Acredita que só podemos fazer o que acreditamos ser possível. Nesse caso, é possível associar o desempenho dos colaboradores à energia que emanam. 

Nesse caso, investir no crescimento das pessoas ao redor, e em uma corrente do bem, vale a pena. A influência japonesa fez Shiba entender a gratidão como criadora de um círculo virtuoso. Assim, mais pessoas sonham junto e as chances de sucesso são maiores. Embora o China in Box seja um negócio rentável, o dinheiro é apenas uma consequência para o empreendedor.

Unir

A união com Márcia também representava a união de personalidades que se complementam. Shiba resgata as energias complementares Yin Yang da filosofia chinesa e mostra que seu impulso de dar vida aos sonhos era equilibrado por sua esposa, que cuidava para que sobrevivessem à rotina. O autor se sentia uma figura destemida, enquanto Márcia era prudente e calculava cada passo. 

Ainda assim, começou a lidar com um novo desafio. Dessa vez, não foi o surgimento de um novo concorrente ou um problema em alguma franquia. E sim, uma cobrança da esposa. Shiba estava muito ausente da família e perceber isso foi um golpe certeiro. Sabia que o sucesso financeiro não justificava problemas familiares.

Então, a solução para o problema familiar surgiu com a resposta para as dificuldades financeiras da empresa. Bastava trazer Márcia para o China in Box. Assim, Shiba conclui que um empreendimento de sucesso é feito de relações de valor. A amizade com o empreendedor Carlos Sadaki é um exemplo. O resultado foi a fusão do China in Box com a rede de comida japonesa Gendai, criando a Trend Foods. 

Doer

Shiba não era apenas um homem de fé e coragem, como também acreditava desfrutar da mesma sorte que os biscoitos da sorte sugerem. Por isso, desenvolveu um “complexo de Midas”, acreditando que tudo o que tocava virava ouro. Se sentia invencível. Por isso, iniciou um fundo de investimento e deu início a negócios que pareciam promissores e inovadores.

Lan house, choperia, sanduicheria, costelaria e por aí vai. Depois de três anos, todos os treze novos empreendimentos haviam quebrado. O autor teve um choque de realidade e entendeu que não era possível fazer sucesso tão facilmente. Nem todas as suas ideias eram geniais e lucrativas. Dar certo está mais ligado a uma conjunção de fatores do que ao “toque de Midas” do empreendedor.

Isso também vale para outras empreitadas que não deram certo. Um exemplo são as lojas do China in Box que foram abertas na Argentina e no México e não prosperaram. Para Shiba, a lição era insistência. Muitas ideias só deram certo porque os empreendedores não desistiram depois da primeira tentativa.

Experimentar

A comida tem o poder de transportar as pessoas para países ainda não explorados. Só que essa viagem também pode ser literal. Por ser um grande importador de cogumelos chineses, Shiba despertou a curiosidade do governo chinês e ganhou uma viagem para a China. 

Ainda aproveitou para conhecer o Japão e essa imersão cultural enriqueceu ainda mais seu negócio. Aos poucos, o reconhecimento foi fazendo parte da sua vida e Shiba chegou a ser convidado para o Reality Shark Tank. A ideia era avaliar e investir em possíveis negócios promissores, dando oportunidade a empreendedores desconhecidos.

Assim, o autor passou a ser colocado em um papel de “semideus”, como uma pessoa extraordinária que tem todas as respostas para empreender. Só que a receita é mais simples do que parece e a ideia do livro é justamente desmistificar isso. Para Shiba, basta ter confiança naquilo em que se acredita e alguma dose de inconsequência.

Perpetuar

O autor acredita que a inconsequência é a vitamina dos sonhadores e um impulso com convicção é mais válido que um tiro no escuro. O sucesso acompanha os ousados e os que tem um acreditar incontestável. Aqui, não há espaço para vitimização. Há muitos investidores no mercado e basta uma boa ideia para ser colocada em prática.

Shiba sabe que nem sempre os bastidores são condizentes com o palco. Alguns líderes agem lindamente em público, mas sua vida particular é bem diferente. Por isso, pecam ao não cumprimentar, agradecer e agir com cordialidade. O autor se define como alguém que se interessa por gente e se comove com a prosperidade dos outros.

Isso também passa por reconhecer erros e o líder precisa de uma boa dose de autocrítica. A atualização e a busca por conhecimento faz parte. Embora Shiba acredite que as perguntas dos franqueados são as mesmas há 20 anos, sempre há algo novo na sociedade que desperta a atenção.

Confiar

Quando o autor formou uma sociedade em família, defendeu que o assunto deveria ser falado de forma aberta, transparente e exaustiva. Isso inclui quem tinha voto de Minerva, já que dois caciques não caberiam na mesma tribo. O relacionamento profissional e societário é diferente do relacionamento familiar.

Dessa experiência, vem a conclusão de que a fórmula do sucesso está nas relações. Uma família que não funciona prejudicaria a sociedade e vice-versa. A transparência também inclui reconhecer os erros. Se um líder não tem consciência de suas imperfeições, perde segurança de agir.

Shiba é assumidamente um expert em erros. Muitas vezes, surgem na tentativa de engajar as pessoas ao redor. Sua aposta é na ideia de que um sonho que se sonha junto parece maior. O medo de errar nunca pode crescer a ponto de inibir boas ideias.

Celebrar

Experiências como a morte da mãe fizeram Shiba entender que a vida poderia ser interrompida do dia para a noite. Nem sempre era algo natural, acompanhado pela velhice. Assim, o autor começou a entender cada momento como um presente. Não ter tempo para o essencial é uma armadilha.

Viver com a consciência de que você não estará aqui amanhã é uma das coisas que torna a vida valiosa. Por isso, Shiba reforça a importância de cultivar o que é realmente valioso. Se você se engaja em um sonho, tende a atrair pessoas que pensam como você e transformar as que estão ao seu redor.

Nesse caso, compartilhar é uma das chaves da prosperidade. Quando você transmite conhecimento para alguém, contribui para que a pessoa prospere e isso alimenta o círculo virtuoso. O resultado é fazer com que pessoas entendam que realizar sonhos é possível e qualquer um pode ter uma ideia e colocar em prática.

Ser

Shiba não escreveu este livro pensando em ensinar coisas mirabolantes, mas descrever sua maneira de ser. Isso inclui fazer o que muitos empreendedores não fazem e trazer sua vulnerabilidade à tona. Hoje, o autor conta com aptidão para correr riscos calculados.

Isso porque arriscar agressivamente não traria problemas apenas para Shiba, como para os franqueados. Muitos guardam dinheiro a vida toda para investir tudo em uma franquia. Os principais desafios não surgem no início do negócio, mas agora. A manutenção é mais difícil do que a conquista.

O autor entende o dinheiro como uma energia que deve circular positivamente. Por isso, vale falar sobre o assunto com liberdade e naturalidade, sem se sentir mesquinho. Se você é capaz de produzir algo de valor, não há problema em negociar isso. A cultura da pobreza faz com que as pessoas sintam vergonha de dizer que estão prosperando.

Se a má relação com o dinheiro é uma barreira, não acreditar naquilo que vende é outra maior ainda. Shiba só vende aquilo que compraria. Gosta da palavra Ubuntu, da antiga filosofia africana que promove um senso de comunidade. Por isso, vale prosperar e se conectar com os anseios dos outros. Para Shiba, uma vida inspiradora começa quando você a decide ter.

Notas finais

Com foco em valores simples como gratidão e empatia, Robinson Shiba revela sua filosofia de vida e defende que qualquer um pode viver os seus sonhos. No Sonhos in Box, termos técnicos e planejamentos cedem lugar à coragem e à ousadia de arriscar em algo novo, mesmo quando as condições não são favoráveis.

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Sentindo-se inspirado? Se você gostou do microbook, talvez queira conhecer outra história inspiradora. Howard Schultz foi o CEO da Starbucks e é uma das maiores inspirações de Robinson Shiba. Foi responsável pelo livro Dedique-se de coração. Seu microbook está disponível aqui no 12min. Não deixe de conferir!

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Quem escreveu o livro?

Robinson Shiba é CEO da marca Trends Foods, responsável pela rede de comida chinesa China in Box, e de comida japonesa Gendai. Também fez parte do reality de empreendedorismo Shark Tank Brasil, transmitido pelo Sony Channel. Pioneiro, trouxe dos Estados Unidos o modelo de comida ch... (Leia mais)

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